sexta-feira, 30 de setembro de 2011


"Como eu tinha de aceitar que não tinha o poder de curá-la, queria lhe dar o que ela sempre quis. Era o que meu coração me dizia para fazer durante todo esse tempo. Foi naquele momento que eu entendi que Jamie já havia me dado a resposta que eu procurava, aquela que o meu coração precisava encontrar (…) Quando eu exalei, estas foram as palavras que fluíram: - Quer se casar comigo?"
Um Amor para Recordar

Onde quer que vc esteja e nao importa o que esteja acontecendo em sua vida, na primeira noite de lua cheia - como na noite em que nos conhecemos - quero que voce a encontre no céu noturno. Quero que voce pense em mim e na semana que partilhamos, porque, seja onde for, seja o que estiver acontecendo na minha vida, é exatamente isso o que vou fazer. Se nao podemos estar juntos, pelo menos podemos compartilhar isso, e talvez entre nós, sejamos capazes de fazer isso durar para sempre.    
(Querido John. )


Enquanto olhava todos aqueles garotos enfileirados e perfeitamente em ordem, pensou na bagunça do seu quarto, nas revistas junto do computador, o edredom torto na cama, a Tv ligada, o som também, o video-game idem, para a loucura da Mãe. "O jantar está na mesaaaa, vem antes que esfrieeee!
Podia até ouvir a voz dela no fundo da sua memória. Aquela recordação tinha cheiro de frango assado com batatas e som de talheres batendo contra o prato.
Mas tudo que ouvia agora era o silêncio e o que via eram garotos como ele num grande pátio, todos a espera de um comando. E não poderiam sentar onde quisessem, tudo ali possuia uma hierarquia, pedir licença era a palavra de ordem, do mais novo ao mais velho.
Na sua casa era o queridinho, o futuro campeão de tudo, ali era apenas um mero e quase invisível iniciante.
Às vezes, perguntava-se o que mesmo fazia naquela Academia? Poderia estar na faculdade como os outros, perto da namorada, da família, dos amigos. E lá estava, lavando banheiro, acordando no escuro, comendo na hora cronometrada.
Em outros momentos tinha tanta certeza que chegava a ser um alívio e se segurava nela para poder suportar a pressão.
Pressão de não decepcionar os pais que tanto colocavam espectativa, que precisavam de sua futura estabilidade.
Pressão de saber que sua namorada, ao contrário dele, estava livre, podendo ser cantada por qualquer carinha mais bonito, mais fortão.
Pressão por não poder mostrar-se fraco, quando os braços doem nos exercícios;
Quando dá vontade de implorar "só mais cinco minutinhos";
Quando a aula de física está terrivelmente chata gostaria de poder dormir como fazia no colégio, nas madrugadas de serviço, às vezes, sonhava com ficar simplesmente vendo o "tele cine" na TV. Mas quando tudo parece tão difícil, chega uma mensagem da namorada, um alô por telefone, um abraço de um amigo que acaba de fazer.
Ele descobre, então aos poucos, que está numa família.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

22 de Julho de 1997

Minha querida Catherine,

Sinto a tua falta, meu amor, como sempre, mas hoje é particularmente difícil porque o oceano tem estado a cantar para mim, e a canção é a da nossa vida junta. Quase consigo sentir-te a meu lado enquanto escrevo esta carta, e consigo cheirar o aroma de flores silvestres que me faz sempre lembrar de ti. Mas neste momento, essas coisas não me dão qualquer prazer. As tuas visitas têm sido menos frequentes, e por vezes sinto como se a maior parte do que sou estivesse lentamente a dissipar-se. Estou a tentar, ainda assim. À noite quando estou sozinho, chamo por ti, e sempre que a minha dor parece ser a maior, encontras constantemente maneira de voltar para mim. Ontem à noite, nos meus sonhos, vi-te no pontão perto de wrightsville beach. O vento soprava através do teu cabelo, e os teus olhos retinham a luz pálida do sol que se desvanecia. fico espantado quando te vejo encostada ao parapeito. Tu és bela, penso, enquanto te vejo, uma visão que nunca consigo encontrar em mais ninguém. Começo a andar lentamente na tua direção, e quando finalmente te voltas para mim, reparo que outros têm estado a observar-te também. “Conhece-la?” Perguntam-me em sussurros invejosos, e enquanto sorris para mim, respondo simplesmente com a verdade. “Melhor do que o meu próprio coração.” Paro quando chego perto de ti e envolvo-te nos meus braços. Anseio por esse momento mais do que qualquer outro. É a razão da minha vida, e quando tu retribuis o meu abraço, eu entrego-me a esse momento, em paz mais uma vez. Levanto a mão e toco suavemente na tua face e tu inclinas a cabeça e fechas os olhos. As minhas mãos são ásperas e a tua pele é macia, e interrogo-me durante um momento se vais afastar-te, mas claro que não o fazes. Nunca o fizeste, e é em alturas como esta que eu sei qual é o meu objetivo na vida. Estou aqui para te amar, para te segurar nos meus braços, para te proteger. Estou aqui para aprender contigo e para receber o teu amor em troca. Estou aqui porque não existe outro sítio onde possa estar. Mas depois, como sempre, a neblina começa a formar-se enquanto permanecemos juntos um do outro. É um nevoeiro distante que nasce do horizonte, e descubro que começo a ficar com medo à medida que ele se aproxima. Ele insinua-se lentamente, envolvendo o mundo à nossa volta, cercando-nos como que para evitar que fujamos. Como uma nuvem rolante, cobre tudo, fechando, até mais nada restar senão nós os dois. Sinto a minha garganta a começar a fechar e os meus olhos a encherem-se de lágrimas porque sei que são horas de partires. O olhar que me lanças naquele momento persegue-me. sinto a tua tristeza e a minha própria solidão, e a dor no meu coração, que permanecera silenciosa só por um pequeno intervalo de tempo, torna-se mais forte quando tu me soltas. E então estendes os braços e dás uns passos para trás, desaparecendo no nevoeiro porque ele é o teu lugar e não o meu. Anseio por ir contigo, mas a tua única resposta é abanares a cabeça porque ambos sabemos que é impossível. E eu assisto com o coração a partir-se enquanto desapareces lentamente. Dou comigo a esforçar-me por lembrar tudo acerca daquele momento, tudo acerca de ti. Mas depressa, sempre demasiado depressa, a tua imagem desaparece e o nevoeiro recua para o seu lugar longínquo e eu fico sozinho no pontão e não me importo com o que os outros pensam quando baixo a cabeça e choro e choro e choro.


Garrett.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Minha querida Allie.


    Não pude dormir ontem a noite porque eu sei que terminou. Sem ressentimentos, pois sei que realmente nos amamos. Se no futuro, voltarmos a nos encontrar novamente, vou sorrir alegre para você e lembrar como passamos um verão sob as árvores aprendendo um com o outro e nos amando. O melhor amor é aquele que desperta a alma e nos faz querer mais. Aquele que coloca um fogo no coração e traz paz a mente. E foi isso que você me deu. E o que eu esperava dar a você para sempre. 
Amo você. Até algum dia. Noah.

domingo, 18 de setembro de 2011

era parte volta a virar todo...



Como numa caixa registradora daquelas antigas, em que os números ficavam rodando até parar em um algarismo, o exército americano notificou ao Presidente Bush: 2000 soldados morreram no Iraque. Parece que o número redondo evoca nas pessoas um impulso para comemoração ou reflexão. Aí elas escrevem livros, criam documentários, editam cadernos especiais nos jornais para relembrar as décadas ou centenários de tudo.


Bush decidiu por um almoço, afinal, ele é um homem prático. Reuniu as esposas dos militares para dizer-lhes que “Pela memória dos que morreram, era preciso chegar até o fim”, traduzindo: é necessário que ainda mais militares morram. Como todo momento de memória pede um tom emocional, Bush até deixou os olhos marejarem, fez a voz embargada digna de um Oscar para seu marqueteiro.

Mas a memória mesmo estava no coração de cada mulher. Memória que não continha a celebração de um marco histórico, científico ou tecnológico para a humanidade. Era uma lembrança do dia-dia simples, recordações com voz de “boa noite”, com risos de crianças pulando na cama na manhã de Natal, com cheiro de churrasco em festa de aniversário, com um toque de mãos que puxam para um abraço em dias de frio. Saudade.
Saudade é esse segundo que tenta acontecer e não consegue.

Elas sabiam da possibilidade da morte. As mulheres de um civil podem contar com o imponderável: um acidente ou uma doença, mas nunca esperam que aconteça. Mulher de militar, pelo contrário, sabe dos seus 50% de chance que a sorte lhe reserva. E, por que, então, meu Deus, se lançar num amor que pode ser empurrado para a morte?

Porque amor não bate na porta para perguntar se há vaga para aquele perfil de hóspede que chega. Amor é um tio inconveniente que já despeja as malas na cozinha e sai metendo a mão na panela para pegar a coxinha de galinha. E depois que ele vai embora, percebe-se que já era parte da família e fica a presença de uma ausência.

Se vale a pena, então, esse amor?

Lembro da cena do filme Cidade dos Anjos, em que o anjo, já transformado em homem, ouve a pergunta do outro anjo: “Se sabia que ela era mortal, que podia morrer, por que, então perdeu sua imortalidade para ficar com ela?” Ele responde: “Porque antes tocá-la uma vez, do que toda a eternidade sem ela”.

Bush levanta-se e volta para sua Casa Branca, tem muita coisa importante para fazer, assinar papéis que destinem mais dinheiro para comprar armas, para fazer girar os números na máquina que conta sempre menos um. As mulheres também se levantam e vão para suas casas, pegam seu “John” e sua “Mary” pela mão e continuam educando, levando a escola, protegendo, pois no rosto de cada um ficou a lembrança física de alguém que não está mais entre eles, mas que ficará para sempre. Bush não vai saber nunca qual o valor de nenhum deles, mas elas, ah, elas sim sabem. E a vida segue.

Não importa o abraço quente de cada retorno fica na memória. quanto nos chamem de doidas, sofredoras, ou nos rotulem. Nós sabemos muito bem a alegria de quando eles voltam de cada campo para nós. Cheios de carrapato, com caspa, com cortes pelo braço, com calos nas mãos. Não há tempo para dar uma de Barbie, pois a única coisa que queremos é um abraço muito apertado desses loucos, desses homens que para nós sempre vão ser meninos. E aquele hambúrguer com refrigerante parece a melhor comida do mundo ao lado deles, o simples passeio de mãos dadas na rua é quase um evento, tudo porque o que era parte volta a virar todo.


♥

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

provoca o meu coração até alcançar os mais altos níveis


Quando olho para ti vejo a tua beleza e graça, e sei que cresceram mais fortes com cada vida que viveste. E sei que gastei todas as vidas antes desta à tua procura. Não de alguém como tu, mas de ti, porque a tua alma e a minha têm que andar sempre juntas. E assim, por uma razão que nenhum de nós entende, fomos obrigados a dizer-nos adeus. Adoraria dizer-te que tudo correrá bem para nós, e prometo fazer tudo o que puder para garantir que assim será. Mas se nunca nos voltarmos a encontrar outra vez, e isto for verdadeiramente um adeus, sei que nos veremos ainda noutra vida. Iremos encontrar-nos de novo, e talvez as estrelas tenham mudado, e nós não apenas nos amemos nesse tempo, mas por todos os tempos que tivemos antes.

Nicholas Sparks

quarta-feira, 14 de setembro de 2011


"Há garotos que crescem achando que vão se firmar em um futuro distante, e há outros que estão prontos para se casar assim que conhecem a pessoa certa. Os primeiros me deixam entendiada, principalmente porque são patéticos; e os outros, francamente, não são fáceis de encontrar. Mas é nos sérios que estou interessada, só que leva tempo para encontrar alguém assim, e por quem eu também me interesse. Quer dizer, se a relação não consegue sobreviver no longo prazo, porque é que eu vou investir meu tempo e minha energia em algo que não vai durar?"

A Última Música

quarta-feira, 7 de setembro de 2011


Queria saber se você pensa em mim em algum momento do seu dia. Saber se eu tenho realmente chance de ter você junto a mim. Saber se algum dia vou ter o seu corpo junto ao meu. Se algum dia vou poder te chamar de meu. Acordar com a sua respiração perto da minha. Mas isso não é possível. As respostas só irão aparecer com o tempo. As conclusões viram só depois. Vou saber se todo esse amor que está guardado aqui dentro será correspondido mais tarde. E enquanto esse amanhã não chega eu fico aqui, colocando meus sentimentos em uma folha, num caderno já usado. Com as palavras de alguma forma eu consigo colocar para fora tudo o que eu preciso. Consigo transmitir o que eu sinto de uma forma inexplicável. As palavras expressam o que eu não consigo expressar. Talvez amanhã eu olhe para todas essas linhas cheias de palavras desconhecidas e não queira mais viver isso. Mas quem disse que o amanhã já chegou? Eu vou viver o hoje. E o ontem que fique onde está.

No veneno

Você ainda vai


Você ainda vai amar e odiar a mesma pessoa, vai querer morrer e vai querer viver mais, vai se perguntar o porque de gostar, o porque de amar! Vai rir das coisas que passou, vai rir de como você era, de como você é, e de como você pensa ser. Vai querer mudar de nome, vai querer ser outra pessoa, vai perceber que você mudou muito, ou que você sempre foi a mesma pessoa! Vai querer rir com vontade de chorar, chorar com vontade de rir, vai acreditar e desacreditar, vai se perder em sua própria vida, vai arriscar mesmo sabendo das conseqüências. Vai deixar de tentar por medo, duvidas, vai se arrepender, vai querer voar. Vai querer sumir, se mudar para outro país. Vai querer recomeçar, mesmo nunca tendo começado, vai fazer planos com outra pessoa, mesmo ela nunca ter feito parte disso. Vai perder o orgulho. Vai perceber que mesmo sendo sempre a mesma pessoa, você nunca é você mesmo.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

É assim mesmo...





“Assim como as estações, as pessoas têm a habilidade de mudar. Não acontece com freqüência, mas quando acontece, é sempre para o bem. Algumas vezes leva o quebrado a se tornar inteiro de novo. Às vezes é preciso abrir as portas para novas pessoas e deixá-las entrar. Na maioria das vezes, é preciso apenas uma pessoa que tenha pavor de demonstrar o que sente para conseguir o que jamais achou possível. E algumas coisas nunca mudam. E que comece o novo jogo.”